segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Com a precisão de um jogador de boliche





Romarinho e o gol fizeram as pazes. Vivem novamente um momento romântico. “Até que enfim...”, diz o torcedor mais crítico. “Eu já sabia. Era apenas uma fase” esfrega na cara o menos afobado.


A verdade é que após o título da Libertadores Romarinho via o gol com o mesmo temor que um vampiro encara uma cruz. A perna do garoto parecia pesar 150Kg na hora da finalização final.


Contra o Figueirense o gol desperdiçado fez muitos questionarem a titularidade do garoto. E foi aí que entrou um ressuscitador na vida de Romarinho: o Palmeiras.


Amigos, o rival faz bem para Romarinho. Sem o Palmeiras Romarinho não seria Romarinho.


Contra o Sport Romarinho finalizou com a precisão de um jogador de boliche. Fez strike na rede dos pernambucanos gente boas.


Vejo Romarinho como titular por consequência. As inúmeras partidas que Jorge Henrique e Sheik se ausentaram deram ao camisa 31 uma enorme sequência de jogos.


Hoje leio que o atacante é o artilheiro do Timão no campeonato. Fico feliz. Que o Romance dure para a eternidade. Amém!

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Guerrero foi Guerrero, nada além de Guerrero




Já estamos no meio da semana, mas o domingo ainda vive na lembrança. Ah, nada se compara com um domingo bem vivido.  

Paolo Guerrero. O nome que marcou o domingo deste blogueiro é Paolo Guerrero.

O empate no Engenhão foi inexpressivo. Tanto fez como tanto faz. Não me venham com o papo de "zona de conforto" porque não é possível que alguém consiga acreditar no rebaixamento do Timão.

Voltamos a falar do peruano...


Camisa nove bom de bola, já havia mostrado isso contra o Santos. A tal da "zica", porém, rondava o jogador. Duas lesões (uma em cada tornozelo) afastou Guerrero dos gramados e deu espaço às mais tolas comparações (Souza, Elton... ).



Diante do Botafogo Guerrero foi Guerrero, nada além de Guerrero. Em todas as bolas brigou como um guerreiro. Apanha como um guerreiro. Faz o pivô como um guerreiro. Posso estar possuído pelo exagero, mas o nome Guerrero é o mais corintiano que Baltazar, Cláudio, Biro-Biro.... me refiro apenas ao nome, claro!

Balançar a rede com a camisa do Timão tira das costas do atacante uma desconfiança desnecessária.

Confira a entrevista que fiz com o nosso nove. 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

"se não tem tu, vai tu mesmo"




Há muito tempo o Corinthians não vivia uma semana tão pacata. Preocupante. A calmaria não combina com o Timão, mas a falta de jogo no meio da semana e a ausência de muitos jogadores ajuda a escassez de notícias. Seguindo a cartilha dos mais apressadinhos defensores do “se não tem tu, vai tu mesmo”, vou falar da participação dos corintianos no Superclássicos das Américas ( que de Super não tem nada).
 
Cássio – Melhor do que Jefferson. A única bola que foi ao gol brasileiro entrou. A culpa não foi do arqueiro alvinegro, mas contra fatos os argumentos (na maioria das vezes) são tão irrelevantes quanto a opinião de um calhorda. Abrindo um parêntese fora do tema: De calhordas o Brasil está transbordando.  
 
Fábio Santos – Seguro. Atuou no mesmo nível que tem atuado no Corinthians. Foi, sim, prejudicado pelo excesso de vaidade e individualismo de Neymar. Toda vez que o lateral passava o bailarino fazia uma graça e invertia o jogo. Não vejo maldade, mas uma autoconfiança do atacante santista que prejudica. Fábio Santos foi bem na marcação (não teve muito trabalho) e deu opção com bons passes no meio. O ataque ainda segue sendo o ponto fraco.
 
Ralf – Um início nervoso, com faltas e chutões. Após os 15 minutos iniciais, o pitbull voltou a ser o Ralf do Timão. Solto em campo e sem inventar o que não sabe fazer. Desarmou nas poucas vezes que foi exigido. Não pode ficar de fora das próximas convocações, mesmo não sendo titular.
 
Paulinho – Personalidade e estrela. É Paulinho que sempre se posiciona no lugar certo ou a bola que procura o volante? Claro que a primeira das opções. Mano Meneses terá que quebrar a cabeça para montar a equipe titular com Ramirez e Paulinho juntos. Se virá, gaúcho! Com a confiança do gol, Paulinho atuou como gente grande no segundo tempo. Avançou e até um gol anulado teve.
 
Martinez – O grande nome da Argentina. Amigos, que bela contratação que fez o Corinthians. No mesmo nível de Montillo, que sonhamos ter no início deste ano. O atacante estava em todos os lados do campo e mostrou habilidade e faro de gol. Aliás, um golaço!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A tal da camisa 10 é para poucos




Começo o texto do dia com um dos jargões mais verdadeiro já inventado:  - Há males na vida quem vêm para o bem. É o tipo da frase usada como bengala para esquecer alguma decepção ou perda. O Corinthians vive isso no seu meio-de-campo, mais precisamente na posição de meia.



Quando Alex deixou a equipe a afirmação, ou melhor, a ameaça era uma só: ou Douglas joga ou joga, não tem outra escolha. E o maestro jogou, está jogando e ainda vai jogar muito. Desfilando, flutuando, dando gosto de ver...



O primeiro “calem a boca, imbecis” do meia aos críticos que gozavam e urravam anedotas com sua condição física foi no Engenhão contra o Flamengo. Dois gols e o apelido de Tufão evidenciado.



O Douglas de hoje é muito diferente do Douglas de 2009. Tite mudou o jeito do atleta se comportar. Hoje ele marca, corre o campo todo. Não é mais aquele meia que ficava com a mão na cintura esperando a bola no pé.



Douglas calou a boca deste que vos escreve. Confesso que fiquei decepcionado com a chegada do maestro no lugar de Montillo.




Muitos, inclusive um certo gaúcho gente fina, dizem que Douglas se acomodou quando esquentava o banco. Uma simples questão envolvendo dois dígitos explica tal folga.



Ah, amigos... a camisa 10, a tal da camisa 10 é para poucos. Douglas é uma das raridades ainda existentes capaz de vestir com autoridade. Classe, inteligência e técnica refinada são quesitos primordiais para ter a gloriosa em domínios.



Imagine um craque (sim, eu considero Douglas um craque) chegando ao clube que mais se identificou e receber a camisa 15. Não podemos esquecer que pode também acontecer o contrário. Quem não se lembre o uruguaio Acosta? Chegou com status de estrela, recebeu a 10 e nada fez. Pediu água, reconheceu que não tinha cacife e começou a usar a 25, justamente porque um meia canhoto e habilidosos chegava do São Caetano para herdar AQUELA que hoje brilha muito no Corinthians.  

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Um coadjuvante que exala maturidade




Boa SEGUNDONA, caro leitor.

 
Um clássico temperado com pimenta malagueta. Corinthians como se estivesse jogando um treino coletivo; Palmeiras com o desiquilíbrio das peladas entre detentos.
 
Romarinho, Luan, Douglas, Barcos, João Vitor... nomes que marcaram o clássico. Vou focar minhas palavras em um coadjuvante que exala maturidade: Guilherme Andrade.
 
O jovem lateral-direito chegou da Ponte Preta como quem não quer nada. Apresentou-se à Fiel no clássico contra o Santos na Vila. Seria uma fria para o garoto...marcar Neymar. Ele surpreendeu. Não tremeu na base e ainda por cima deu um safanão no moleque atrevido. Bom início.
 
Ontem, diante de um desiquilibrado rival, lá estava mais uma chance em outro clássico. E mais uma vez Guilherme Andrade não se intimidou. Na expulsão de Luan mostrou coragem e malandragem.
 
É uma boa opção. Ganha espaço a cada jogo e parece que definitivamente tomou o lugar de Welder que, aliás, pode procurar outro clube para não ser esquecido no cruel futebol.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Sheik é um feijão com linguiça, bacon e banha





Antes de qualquer coisa: escrevo esse texto antes do julgamento de Emerson Sheik.

Um jogador “maloqueiro”. Não há melhor definição para Emerson, o Sheik. Carioca marrento, folgado e bocudo com os adversários. Fora das quatro linhas pouco me importa o que o atacante do Corinthians faz.
 
Tal comportamento alucina o torcedor corintiano. É nitidamente uma questão de identificação. Jogador bonzinho é como feijão sem linguiça (mata a fome, mas não tem a mínima graça). Sheik é um feijão com linguiça, bacon e banha.
 
Contudo (sempre tem o tal do “contudo” para estragar), algumas atitudes têm prejudicado o time comandado pelo técnico Tite. A expulsão diante do Atlético-MG é o exemplo da vez. Levar o cartão vermelho não entra na discussão, mas o teatro feito até chegar ao vestiário entra SIM. O assunto é velho, mas já vão entender o porquê da abordagem.
 
Nesta sexta-feira ele será julgado e tem enormes chances de ficar fora do jogo diante do Palmeiras, justamente a partida que mais interessa à nação corintiana no campeonato. O Timão deve tentar o efeito suspensivo, assim como o Atlético MG fez com Bernard.
 
Conversando com um amigo e leitor do blog, debatemos se o custo-benefício de Sheik é vantajoso ao Timão. É verdade que o camisa 11 fica muitos jogos fora, porém quando entra resolve. Acho válido, mesmo não tem o craque sempre, o investimento.
 
Sheik é do tipo de atacante que pode resolver uma partida de casa, pelo telefone!  

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Um omelete recheado de ovos





Há algum tempo sou perseguido pela seguinte pergunta: quem deve jogar no ataque do Corinthians? A resposta pertence ao Tite e sua comissão técnica, mas vou tentar me colocar no lugar do gaúcho gente fina.



Para começar, é evidente que tem muita gente qualificada para pouco espaço. São quatro posições para sete atletas de ponta: Douglas, Danilo, Romarinho, Sheik, Martinez, Jorge Henrique e Guerrero. E olha que não considerei Adílson e Giovanni, muito menos analisei que Guilherme e Edenílson podem atuar como meias. Do Zizao, por enquanto, eu não falo. 



Para alguns “entendedores” a concorrência pode aguçar a vaidade dos jogadores. Com o Tite no comando não tenho tal preocupação. 



Na prática vejo um time lento com Douglas e Danilo em campo. No entanto, não consigo imaginar um dos dois fora. 



O camisa dez tem jogado talvez o que nunca jogou com a camisa do Corinthians. Corre o jogo todo e as assistências estão decidindo partidas. 



Já Danilo é, junto com Sheik, o cara mais decisivo desse time. Quando aperta é só jogar a bola no atleta mais frio do Brasil.



Sheik é incontestável e eu nem preciso dizer a razão.



Martinez é interessantíssimo e a torcida quer o argentino como titular. Tem raça, é habilidoso e faz gols. Todavia, chegou agora e pode comer um pouco mais grama para conquistar um lugar ao sol. 



Jorge Henrique é o Jorge Henrique... o jogador com a cara e a alma do Timão. É decisivo e, pelo histórico, não pode ficar no banco.



Romarinho é o talismã, por isso acho que deve sentar um pouco entre os suplentes. Está jogando pela falta de opções. As chances desperdiçadas podem até estarem queimando o garoto, mas nada que um gol de letra contra os porcos não resolva.



Guerrero é bom de bola. Não se deixem iludir pelo papo furado de comparar o peruano com Elton e Souza. O camisa nove atuou apenas um jogo como titular – diante do Santos – e mostrou ter muitas qualidades. Faz o pivô como poucos.



Enfim, sou defensor da teoria que em time que está ganhando não se mexe. Alex foi negociado e no lugar dele o maestro entrou bem. O quarteto ofensivo deve ser montado com Danilo, Douglas, Sheik e Jorge Henrique, formação que há muito tempo  não consegue ser repetida.  


Parece que domingo todos estarão prontos. Tite terá um omelete recheado de ovos!